CPQBA demonstra eficiência do guaco
contra úlcera e outros males
Doutoranda da FEA conquista prêmio nos Estados Unidos
com pesquisa sobre análise sensorial de vinhos
RONEI THEZOLIN
O guaco (Mikania laevigata) é uma planta do tipo cipó-trepadeira, com folhas largas e flores pequenas que exalam leve aroma de baunilha quando amassadas. As flores atraem abelhas e seu odor agradável se torna mais intenso depois da chuva. Popularmente, o guaco é um dos fitoterápicos de maior consumo, utilizado principalmente no tratamento de afecções respiratórias. Contudo, estudos desenvolvidos no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp, revelam outros efeitos farmacológicos da planta.
A pesquisa foi iniciada em 1998 com duas espécies de guaco (Mikania glomerata e Mikania laevigata), pelas equipes dos professores Pedro Mellilo de Magalhães (Divisão de Agrotecnologia), Vera Lúcia Garcia Rehder (Química) e João Ernesto de Carvalho (Farmacologia e Toxicologia). A primeira etapa consistiu de cultivo controlado e em grande escala da erva; na segunda, a extração e purificação do extrato, com o objetivo de identificar quimicamente as substâncias ativas; e a terceira teve a finalidade de comprovar as propriedades farmacológicas e toxicológicas.
Em experimentos com animais de laboratório, os extratos de guaco diminuíram as lesões ulcerativas resultantes do uso prolongado de antiinflamatórios, abuso de bebidas alcoólicas e estresse – que respondem pela maioria dos casos de úlcera gastroduodenal. “A atividade do guaco foi muito superior às de outras plantas utilizadas contra úlcera, como a espinheira-santa”, conta Carvalho. Segundo os pesquisadores, isto é uma conseqüência da diminuição da liberação de ácido estomacal, provocada pela cumarina, princípio ativo responsável pelo odor de baunilha do guaco.
A ação da cumarina é tema da tese de doutorado de Aparecida Érica Bighetti, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, sob orientação do próprio professor Carvalho. Os estudos em relação ao guaco resultaram ainda em duas bolsas de capacitação técnica, uma bolsa de iniciação científica, uma tese de mestrado e uma segunda de doutorado.
Efeitos dos extratos
Sistema respiratório
O mecanismo de ação contra úlcera é igual ao comprovado no sistema respiratório: diminuição da secreção brônquica e relaxamento da musculatura, o que justifica o uso popular da planta, de acordo Vera Lúcia Garcia Rehder e João Ernesto de Carvalho.
Cárie e placa bacteriana
Testes realizados pelo grupo do professor Pedro L. Rosalen, da Faculdade de Odontologia (FOP) da Unicamp, revelaram que os extratos de guaco provocam inibição do crescimento e a morte dos microorganismos responsáveis pela formação da placa bacteriana.
Candidíase
Trabalho de Marta Teixeira Duarte, da Divisão de Microbiologia do CPQBA, demonstra que os extratos inibem o crescimento dos microorganismos responsáveis pela candidíase da região genital feminina (flores brancas) ou da boca de bebês (sapinho).
Câncer
Em cultura de células tumorais humanas, os extratos e princípios ativos do guaco inibiram o crescimento e provocaram a morte de diversas linhagens. Esses resultados reforçam a necessidade de estudos toxicológicos, pois essas substâncias podem também provocar morte de células normais do nosso organismo, segundo alerta de João Ernesto de Carvalho.
Blog destinado para trocas de informações sobre Terapias Holísticas, principalmente a Aromaterapia, Fitoaromatologia, Geoterapia, Cristaloterapia e Biocosmética.
domingo, 14 de novembro de 2010
Camomila x Diabetes
Chá de camomila previne complicações da diabetes, diz estudo.
O chá de camomila vem sendo usado para tratar de resfriados.
Beber chá de camomila diariamente pode ajudar a prevenir algumas das conseqüências da diabetes tipo-2, tais como cegueira, lesões nos nervos e nos rins, de acordo com pesquisadores no Japão e na Grã-Bretanha.
A descoberta pode levar ao desenvolvimento de um novo medicamento derivado de camomila para a doença, cuja incidência vem aumentando em todo o mundo.
No novo estudo, o pesquisador Atsushi Kato, da Universidade de Toyama, ressalta que camomila vem sendo usada há anos como uma cura informal para problemas diversos como estresse, resfriado e cólica menstrual.
Recentemente os cientistas propuseram que o chá da erva pode ser benéfico também no combate à diabetes, mas a teoria não tinha sido testada cientificamente até agora.
Os pesquisadores deram extrato de camomila a um grupo de ratos diabéticos durante 21 dias, e compararam o resultado a um grupo de animais de controle em uma dieta normal.
O nível de glicose no sangue de animais que ingeriram camomila foi significativamente menor do que o dos ratos no grupo de controle, disseram os cientistas.
Também foi registrada uma redução da concentração das enzimas ALR2 e sorbitol. A concentração elevada dessas substâncias está associada a um aumento das complicações relacionadas à diabetes.
A pesquisa foi divulgada na revista Journal of Agricultural and Food Chemistry.
BBC Brasil
O chá de camomila vem sendo usado para tratar de resfriados.
Beber chá de camomila diariamente pode ajudar a prevenir algumas das conseqüências da diabetes tipo-2, tais como cegueira, lesões nos nervos e nos rins, de acordo com pesquisadores no Japão e na Grã-Bretanha.
A descoberta pode levar ao desenvolvimento de um novo medicamento derivado de camomila para a doença, cuja incidência vem aumentando em todo o mundo.
No novo estudo, o pesquisador Atsushi Kato, da Universidade de Toyama, ressalta que camomila vem sendo usada há anos como uma cura informal para problemas diversos como estresse, resfriado e cólica menstrual.
Recentemente os cientistas propuseram que o chá da erva pode ser benéfico também no combate à diabetes, mas a teoria não tinha sido testada cientificamente até agora.
Os pesquisadores deram extrato de camomila a um grupo de ratos diabéticos durante 21 dias, e compararam o resultado a um grupo de animais de controle em uma dieta normal.
O nível de glicose no sangue de animais que ingeriram camomila foi significativamente menor do que o dos ratos no grupo de controle, disseram os cientistas.
Também foi registrada uma redução da concentração das enzimas ALR2 e sorbitol. A concentração elevada dessas substâncias está associada a um aumento das complicações relacionadas à diabetes.
A pesquisa foi divulgada na revista Journal of Agricultural and Food Chemistry.
BBC Brasil
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Óleos Essenciais Afrodisíacos
Em um dos primeiros posts neste blog eu escrevi que a terapia com aromas é uma das formas mais gostosas de se tratar porque é feita sem dor. Pois bem, e que tal usarmos o poder dos óleos essenciais para apimentar nossas relações a dois, ativar ainda mais a nossa libido e criar um clima ainda mais romântico para aqueles momentos de íntimidade com a pessoa amada? Leia este post e faça suas "experiências"... e nos conte depois, se assim desejar... :-)
Boa leitura e aguardo seus comentários.
Denomina-se afrodisíaco a qualquer substância no qual se atribuem propriedades estimulantes sexuais. O nome deriva da deusa grega Afrodite, divindade relacionada ao amor em seus diversos aspectos. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Afrodisíaco)
Se uma determinada substância, alimento, aroma, etc. é afrodisíaca ou não isto não vai depender apenas das propriedades químicas da mesma. A predisposição da pessoa, ou seja, o quanto ela está pronta para a relação sexual ou para o amor é fundamental nestes casos.
As substancias ditas afrodisíacas tem um efeito complementar desde que nós façamos a nossa parte, nos cuidando, nos amando, ficando bonitos para atrair um grande amor e levar este aspecto do afrodisíaco até o outro. Uma pessoa mal cuidada, mal cheirosa, desarrumada, com aspecto feio e sujo não gerará efeito afrodisíaco para outra pessoa, independente do quão potente for o produto afrodisíaco que ela irá utilizar. Da mesma forma, a auto-estima elevada é fundamental para todo processo de aproximação. A pessoa tem que, antes de mais nada, se gostar e se amar para depois amar o outro. E o mais importante é ser você mesmo, não se deixando influenciar pelo que os outros pensam. Ser autêntico. É tirar toda e qualquer barreira e deixar-se ser visto como você é.
Dito isto, vamos à parte mais, digamos, cientifico afrodisíaca, disto tudo.
Já é sabido que cerca de 3% de nosso genoma codificam tipos de receptores olfativos e que estes receptores são altamente especializados em poucos tipos de cheiros, entre eles, os relacionados à reprodução.
O nervo olfativo está ligado diretamente ao sistema límbico, o qual está relacionado aos 3 princípios básicos da sobrevivência: nutrição (fome e sede), reprodução (sexo) e defesa.
Nossas memórias estão ligadas ao sistema límbico, assim sendo, determinado aroma pode trazer uma sensação positiva para alguns enquanto que para outras pessoas, sensações negativas e desagradáveis.
Em 1703 um cirurgião holandês (Ruysch) identificou um pequeno órgão no nariz humano como sendo o órgão vomeronasal (OVN) o qual se encontra separado do órgão responsável pela olfação. A função do OVN é a detecção de feromônios: quando ele detecta o feromônio, ele envia um sinal de resposta sexual/comportamental para o cérebro.
Feromônios podem ser do tipo sinalizadores, ou seja, estão relacionados às respostas comportamentais, ou do tipo primários, que afetam a atividade fisiológica (tem efeito nos hormônios como um todo).
Sabe-se também que os óleos essenciais podem agir através do OVN e/ou através do órgão olfatório.
Recentes pesquisas científicas demonstraram que as mulheres são capazes de identificar tipos imunológicos masculinos distintos dos imunotipos genéticos delas, tendo então, atração sexual maior por estes para que haja uma formação de descendência genética mais aperfeiçoada e desenvolvida, a qual seria mais resistente a doenças, por exemplo, dando maior condição de sobrevivência dentro do ambiente em que vivem.
É sabido também que alguns óleos essenciais bloqueiam a liberação de ACTH (Hormônio adrenocorticotrófico), também chamado de hormônio do stress. Por conseqüência, acredita-se que outros óleos essenciais podem ter influencias em outros tipos de hormônios liberados pela hipófise, como o hormônio luteinizante (LH), por exemplo, que regula a produção e liberação do estrogênio, progesterona e testosterona.
A química afrodisíaca dos óleos essências pode ocorrer como um efeito estimulante, como segue:
- da circulação: vaso-dilatação, calor, etc. (canela, cravo, tribulus terrestris, etc.)
- do sistema nervoso: deixar a pessoa mais “ligada”, acesa, estimulada, etc. (alecrim, cânfora, etc.)
- do sistema endócrino: atividade considerada estimulante de hormônios (salsaparrilha, priprioca, vetiver, etc.)
- do sistema olfativo: subconsciente, sensações, etc. (jasmim, ylang ylang, vetiver, patchouli, nardo, etc.)
Vamos então ver alguns óleos essenciais considerados afrodisíacos e suas características:
Ylang Ylang: desperta a sexualidade (carinho, contato), a afetividade, torna as pessoas abertas ao contato, ao abraço, à aproximação, bom para pessoas tímidas, fechadas, egoístas; desperta o lado altruísta das pessoas; em excesso pode causar queda de pressão (vai fazer efeito contrario ao desejado: as pessoas podem dormir e não acontecer nada)
Lótus e Lírio: são cheiros mais femininos, ligados a mulher;
Ládano (Cisto): óleo resinoso quente (esquenta), traz sensação de aquecimento sem queimar; é nota de fundo para muitas flores e especiarias; óleo para pessoas convalescentes, que estão prá baixo, pessoas estagnadas, em fase de busca e mudanças, em depressão, paralisadas;
Canela e Preciosa: são vaso-dilatadoras (canela, em especial, causa ardência e queimaduras e por isto deve ser diluída); preciosa não causa ardência, porém, é mais difícil de ser encontrada; é parente do pau rosa, da região amazônica; substituto da canela em muitas ações terapêuticas;
Cravo e Puchury: semelhante à canela, porém, menos agressivos; são quentes e estimulantes, renovadores de energia, aumentam o magnetismo pessoal, e favorecem a limpeza espiritual; usados em gel / cremes encontrados em sex-shops;
Rosa, Gerânio e Palmarosa: combinam muito bem para as mulheres, parecido com o ylang ylang; favorecem o carinho, a aproximação, etc.;
Sândalo, Cedro, Amyris, Cabreuva e outras madeiras: mais masculinos, mas nada impede o uso pelas mulheres e a inversão de aromas;
Balsamo do Peru, Balsamo de Tolu (aroma parecido com o de cacau), Estoraque e Benjoim: devem ser empregados com certa cautela para não dar alergias; são resinas;
Baunilha (Vanilla planifolia): vanilla vem do latim e deriva da palavra vagina devido à semelhança da raiz com o canal vaginal; cheiro estimulante da sexualidade; usado em banhos, perfumes, óleos de massagem, etc.; absoluto caro; muito aromático e interessante; o cacau pode substituir a baunilha com propriedades muito semelhantes a esta, com sabor de chocolate bem intenso; favorece a abertura, o contato, extroversão, diminui as carências afetivas; combina com flores (ylang ylang com nota não muito alta);
Gengibre: estimulante, vaso-dilatador; combina com cravo, canela, baunilha, cacau; dá energia, vitalidade, desperta a motivação, energia de fogo e de terra (auto-confiança); para pessoas aéreas e sem atitude (que “vivem no mundo da lua”);
Noz moscada e Cardamomo: foram muito usadas há muito tempo atrás para favorecer a ereção; noz moscada é alucinógeno; cardamomo combina com aromas mais encorpados como baunilha, cacau, vetiver, etc.
Vetiver, Priprioca e Pachouli: têm notas aromáticas parecidas; o vetiver é mais caramelado e lembra terra molhada; priprioca mais seco e pachouli mais seco ainda; a priprioca tem ação sobre os hormônios sexuais femininos, frigidez, impotência feminina e é usado com finalidades anticoncepcionais em algumas tribos indígenas da Amazônia; são aromas aterradores, bons para serem usados por homens, mas nada impede de as mulheres utilizarem;
Pimenta: vaso-dilatador; a pimenta negra destilada não arde; a pimenta malagueta extraída por CO2 queima e arde muito;
Neroli (flor de laranjeira): muito sensual e agradável (da mesma forma que o jasmim);
Jasmim, Acácia, Aglaia: idem ao Neroli
Musk: não tem mais interesse de produção porque agride a natureza: é extraído do veado almiscarado (glândulas com feromônio): é retirada a glândula e usada em perfumes; é liberado pela urina do veado; ainda se consegue na China, onde há fazendas de criação; o musk tem um cheiro muito ruim, semelhante ao cheiro de genital sujo, bem fedorento; é usado como nota de fundo em misturas e perfumes (uma gotinha ou pouco mais que isto, em suas devidas proporções);
Ambreto (musk vegetal) e Nardo: alternativa como substituto para o musk verdadeiro (mas é muito diferente deste último); empregado na perfumaria; é muito caro; o melhor é o extraído por CO2; Nardo é muito aromático, com nota animalesca = virilidade, aterrador;
Óleos anafrodisíacos: diminuem a libido, pois liberam a prolactina que por sua vez faz cair a libido: vitex (serve para “esfriar” paixões), tagetes, tuia, tanaceto, lavanda, camomilas, manjerona, lúpulo; sálvias, salsa, cenoura, funcho, erva-doce; anis, estragão, artemisias;
Agora vamos à parte prática de tudo isto com algumas “fórmulas afrodisíacas” interessantes que poderão ajudar a proporcionar desejos sexuais intensos e constantes... (use com moderação... risos).
Algumas receitinhas alimentares:
Coloque de 1 a 2 gotas de óleo essencial de ylang ylang, rosa, jasmim, neroli ou baunilha em uma vinho branco e terá uma bebida muito gostosa e especial.
Coloque de 10 a 15 gotas de óleo essencial de baunilha, canela, cravo, cacao ou vetiver na massa de bolos e doces.
Para cada 100 gramas de chocolate coloque 1 a 2 gotas de óleo essencial de baunilha, cacao, vetiver, nardo, priprioca, cardamomo, canela, cravo, jasmim, rosa ou gerânio.
Dicas:
Em massagens, 65 gotas da mistura de óleos essenciais para cada 100 ml de óleo carreador.
Para banhos, dependendo do tamanho da banheira, de 6 a 15 gotas de óleos essenciais ou da mistura.
Inalação de 6 a 15 gotas de óleo essencial ou da mistura em aromatizador ambiental.
Sinergias “mágicas” (usadas em aromatizadores de ambientes):
Sinergia da Atração (para atrair o par ideal)
5 gotas de pachouli
1 gota de canela
Mistura do Amor
7 gotas de palmarosa
5 gotas de yang yang
1 gota de gengibre
2 gotas de alecrim
1 gota de cardamomo
Energia Sexual
2 gotas de gengibre
2 gotas de pachouli
1 gota de cardamomo
1 gota de sândalo
Ungüento do Amor (para ser passado no corpo)
2 gotas de ylang ylang
2 gotas de lavanda
1 gota de cardamomo
1 gota de baunilha
50mL de óleo ou creme para massagens
Boa leitura e aguardo seus comentários.
Denomina-se afrodisíaco a qualquer substância no qual se atribuem propriedades estimulantes sexuais. O nome deriva da deusa grega Afrodite, divindade relacionada ao amor em seus diversos aspectos. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Afrodisíaco)
Se uma determinada substância, alimento, aroma, etc. é afrodisíaca ou não isto não vai depender apenas das propriedades químicas da mesma. A predisposição da pessoa, ou seja, o quanto ela está pronta para a relação sexual ou para o amor é fundamental nestes casos.
As substancias ditas afrodisíacas tem um efeito complementar desde que nós façamos a nossa parte, nos cuidando, nos amando, ficando bonitos para atrair um grande amor e levar este aspecto do afrodisíaco até o outro. Uma pessoa mal cuidada, mal cheirosa, desarrumada, com aspecto feio e sujo não gerará efeito afrodisíaco para outra pessoa, independente do quão potente for o produto afrodisíaco que ela irá utilizar. Da mesma forma, a auto-estima elevada é fundamental para todo processo de aproximação. A pessoa tem que, antes de mais nada, se gostar e se amar para depois amar o outro. E o mais importante é ser você mesmo, não se deixando influenciar pelo que os outros pensam. Ser autêntico. É tirar toda e qualquer barreira e deixar-se ser visto como você é.
Dito isto, vamos à parte mais, digamos, cientifico afrodisíaca, disto tudo.
Já é sabido que cerca de 3% de nosso genoma codificam tipos de receptores olfativos e que estes receptores são altamente especializados em poucos tipos de cheiros, entre eles, os relacionados à reprodução.
O nervo olfativo está ligado diretamente ao sistema límbico, o qual está relacionado aos 3 princípios básicos da sobrevivência: nutrição (fome e sede), reprodução (sexo) e defesa.
Nossas memórias estão ligadas ao sistema límbico, assim sendo, determinado aroma pode trazer uma sensação positiva para alguns enquanto que para outras pessoas, sensações negativas e desagradáveis.
Em 1703 um cirurgião holandês (Ruysch) identificou um pequeno órgão no nariz humano como sendo o órgão vomeronasal (OVN) o qual se encontra separado do órgão responsável pela olfação. A função do OVN é a detecção de feromônios: quando ele detecta o feromônio, ele envia um sinal de resposta sexual/comportamental para o cérebro.
Feromônios podem ser do tipo sinalizadores, ou seja, estão relacionados às respostas comportamentais, ou do tipo primários, que afetam a atividade fisiológica (tem efeito nos hormônios como um todo).
Sabe-se também que os óleos essenciais podem agir através do OVN e/ou através do órgão olfatório.
Recentes pesquisas científicas demonstraram que as mulheres são capazes de identificar tipos imunológicos masculinos distintos dos imunotipos genéticos delas, tendo então, atração sexual maior por estes para que haja uma formação de descendência genética mais aperfeiçoada e desenvolvida, a qual seria mais resistente a doenças, por exemplo, dando maior condição de sobrevivência dentro do ambiente em que vivem.
É sabido também que alguns óleos essenciais bloqueiam a liberação de ACTH (Hormônio adrenocorticotrófico), também chamado de hormônio do stress. Por conseqüência, acredita-se que outros óleos essenciais podem ter influencias em outros tipos de hormônios liberados pela hipófise, como o hormônio luteinizante (LH), por exemplo, que regula a produção e liberação do estrogênio, progesterona e testosterona.
A química afrodisíaca dos óleos essências pode ocorrer como um efeito estimulante, como segue:
- da circulação: vaso-dilatação, calor, etc. (canela, cravo, tribulus terrestris, etc.)
- do sistema nervoso: deixar a pessoa mais “ligada”, acesa, estimulada, etc. (alecrim, cânfora, etc.)
- do sistema endócrino: atividade considerada estimulante de hormônios (salsaparrilha, priprioca, vetiver, etc.)
- do sistema olfativo: subconsciente, sensações, etc. (jasmim, ylang ylang, vetiver, patchouli, nardo, etc.)
Vamos então ver alguns óleos essenciais considerados afrodisíacos e suas características:
Ylang Ylang: desperta a sexualidade (carinho, contato), a afetividade, torna as pessoas abertas ao contato, ao abraço, à aproximação, bom para pessoas tímidas, fechadas, egoístas; desperta o lado altruísta das pessoas; em excesso pode causar queda de pressão (vai fazer efeito contrario ao desejado: as pessoas podem dormir e não acontecer nada)
Lótus e Lírio: são cheiros mais femininos, ligados a mulher;
Ládano (Cisto): óleo resinoso quente (esquenta), traz sensação de aquecimento sem queimar; é nota de fundo para muitas flores e especiarias; óleo para pessoas convalescentes, que estão prá baixo, pessoas estagnadas, em fase de busca e mudanças, em depressão, paralisadas;
Canela e Preciosa: são vaso-dilatadoras (canela, em especial, causa ardência e queimaduras e por isto deve ser diluída); preciosa não causa ardência, porém, é mais difícil de ser encontrada; é parente do pau rosa, da região amazônica; substituto da canela em muitas ações terapêuticas;
Cravo e Puchury: semelhante à canela, porém, menos agressivos; são quentes e estimulantes, renovadores de energia, aumentam o magnetismo pessoal, e favorecem a limpeza espiritual; usados em gel / cremes encontrados em sex-shops;
Rosa, Gerânio e Palmarosa: combinam muito bem para as mulheres, parecido com o ylang ylang; favorecem o carinho, a aproximação, etc.;
Sândalo, Cedro, Amyris, Cabreuva e outras madeiras: mais masculinos, mas nada impede o uso pelas mulheres e a inversão de aromas;
Balsamo do Peru, Balsamo de Tolu (aroma parecido com o de cacau), Estoraque e Benjoim: devem ser empregados com certa cautela para não dar alergias; são resinas;
Baunilha (Vanilla planifolia): vanilla vem do latim e deriva da palavra vagina devido à semelhança da raiz com o canal vaginal; cheiro estimulante da sexualidade; usado em banhos, perfumes, óleos de massagem, etc.; absoluto caro; muito aromático e interessante; o cacau pode substituir a baunilha com propriedades muito semelhantes a esta, com sabor de chocolate bem intenso; favorece a abertura, o contato, extroversão, diminui as carências afetivas; combina com flores (ylang ylang com nota não muito alta);
Gengibre: estimulante, vaso-dilatador; combina com cravo, canela, baunilha, cacau; dá energia, vitalidade, desperta a motivação, energia de fogo e de terra (auto-confiança); para pessoas aéreas e sem atitude (que “vivem no mundo da lua”);
Noz moscada e Cardamomo: foram muito usadas há muito tempo atrás para favorecer a ereção; noz moscada é alucinógeno; cardamomo combina com aromas mais encorpados como baunilha, cacau, vetiver, etc.
Vetiver, Priprioca e Pachouli: têm notas aromáticas parecidas; o vetiver é mais caramelado e lembra terra molhada; priprioca mais seco e pachouli mais seco ainda; a priprioca tem ação sobre os hormônios sexuais femininos, frigidez, impotência feminina e é usado com finalidades anticoncepcionais em algumas tribos indígenas da Amazônia; são aromas aterradores, bons para serem usados por homens, mas nada impede de as mulheres utilizarem;
Pimenta: vaso-dilatador; a pimenta negra destilada não arde; a pimenta malagueta extraída por CO2 queima e arde muito;
Neroli (flor de laranjeira): muito sensual e agradável (da mesma forma que o jasmim);
Jasmim, Acácia, Aglaia: idem ao Neroli
Musk: não tem mais interesse de produção porque agride a natureza: é extraído do veado almiscarado (glândulas com feromônio): é retirada a glândula e usada em perfumes; é liberado pela urina do veado; ainda se consegue na China, onde há fazendas de criação; o musk tem um cheiro muito ruim, semelhante ao cheiro de genital sujo, bem fedorento; é usado como nota de fundo em misturas e perfumes (uma gotinha ou pouco mais que isto, em suas devidas proporções);
Ambreto (musk vegetal) e Nardo: alternativa como substituto para o musk verdadeiro (mas é muito diferente deste último); empregado na perfumaria; é muito caro; o melhor é o extraído por CO2; Nardo é muito aromático, com nota animalesca = virilidade, aterrador;
Óleos anafrodisíacos: diminuem a libido, pois liberam a prolactina que por sua vez faz cair a libido: vitex (serve para “esfriar” paixões), tagetes, tuia, tanaceto, lavanda, camomilas, manjerona, lúpulo; sálvias, salsa, cenoura, funcho, erva-doce; anis, estragão, artemisias;
Agora vamos à parte prática de tudo isto com algumas “fórmulas afrodisíacas” interessantes que poderão ajudar a proporcionar desejos sexuais intensos e constantes... (use com moderação... risos).
Algumas receitinhas alimentares:
Coloque de 1 a 2 gotas de óleo essencial de ylang ylang, rosa, jasmim, neroli ou baunilha em uma vinho branco e terá uma bebida muito gostosa e especial.
Coloque de 10 a 15 gotas de óleo essencial de baunilha, canela, cravo, cacao ou vetiver na massa de bolos e doces.
Para cada 100 gramas de chocolate coloque 1 a 2 gotas de óleo essencial de baunilha, cacao, vetiver, nardo, priprioca, cardamomo, canela, cravo, jasmim, rosa ou gerânio.
Dicas:
Em massagens, 65 gotas da mistura de óleos essenciais para cada 100 ml de óleo carreador.
Para banhos, dependendo do tamanho da banheira, de 6 a 15 gotas de óleos essenciais ou da mistura.
Inalação de 6 a 15 gotas de óleo essencial ou da mistura em aromatizador ambiental.
Sinergias “mágicas” (usadas em aromatizadores de ambientes):
Sinergia da Atração (para atrair o par ideal)
5 gotas de pachouli
1 gota de canela
Mistura do Amor
7 gotas de palmarosa
5 gotas de yang yang
1 gota de gengibre
2 gotas de alecrim
1 gota de cardamomo
Energia Sexual
2 gotas de gengibre
2 gotas de pachouli
1 gota de cardamomo
1 gota de sândalo
Ungüento do Amor (para ser passado no corpo)
2 gotas de ylang ylang
2 gotas de lavanda
1 gota de cardamomo
1 gota de baunilha
50mL de óleo ou creme para massagens
Óleo de Babaçú e o HIV
Um dos melhores óleos para massagem, fino e de rápida absorção. Nutre a pele. Fortalece o sistema imunológico devido a alta concentração de em ácido láurico e por isto é um ótimo suplemento alimentar para pessoas com baixa imunidade, principalmente em doenças como câncer e AIDS. Antiinflamatório natural. É fundamental em regimes de emagrecimento, pois é o único tipo de gordura não estocado no corpo proporcionando rápida queima de calorias e perda de peso: acelera o metabolismo e estimula a digestão. Reduz o mau colesterol (LDL) e é potente antioxidante, prevenindo o envelhecimento precoce. Ajuda no controle glicêmico.
O babaçu ou coco de macaco, é uma grande palmeira com mais de 20 metros de altura nativa do Brasil. O nome babaçu vem dos tupis, uma tribo amazônica, que chama a árvore de “Uauaçu”. O óleo de babaçu, que constitui 60% da matéria da amêndoa, serve como matéria prima para fabricação de sabão, sabonete, shampoo, amida, gorduras especiais, cremes, margarina, óleo comestível e para queimar em lamparinas. Possui um ponto de fusão muito baixo (25,5 ºC), o que o faz em dias muito frios acabar tomando uma consistência branco-leitosa, como uma pasta. Esta sua característica está especialmente associada ao seu alto teor de ácido láurico (superior a 40%), o principal componente responsável pelas suas qualidades terapêuticas. O óleo de babaçu é um óleo tão fino que em questão de segundos penetra pelos poros da pele. Esta sua propriedade o torna um dos melhores óleos vegetais para uso na massagem, pois quando é diluído nele algum óleo essencial, este consegue atingir a corrente sanguínea num curto espaço de tempo, antes que sofra perdas de evaporação dada à temperatura da pele. Na massagem e no tratamento do cabelo (onde ele age como um silicone natural), ele apresenta uma vantagem especial sobre outros óleos vegetais, ele não rança facilmente.
Pesquisas divulgadas pelo Dr. Conrado S. Dayrit, MD em 25 de julho de 2000 em Chennai na Índia, no 37º Encontro Cocotécnico, mostraram um grande potencial terapêutico para os óleos láuricos (com alto teor de ácido láurico, como o babaçu e o côco da bahia). A experiência da administração de 50ml de óleo de coco diária em 15 pacientes (10 mulheres e 5 homens) portadores do HIV (o vírus da AIDS) e que nunca haviam recebido nenhum tipo de tratamento anti-HIV, no Hospital de São Lázaro, nas Filipinas, sob a responsabilidade do Dr. Eric Tayan, M.D, mostraram um aumento do linfócitos de defesa do corpo, CD4 e CD8 de 248 para 1.065 e 570 para 1671 respectivamente. Um homem que possuía uma carga viral muito baixa (<0.4X103) e que não sofreu mudanças, não foi incluído no resultado final da pesquisa. As estatísticas finais incluíram resultados para 4 homens e 10 mulheres e mostram que 7 (2h, 5m) de 14 pacientes tiveram uma redução em 3 meses de uso diário do óleo, enquanto 8 (3h, 5m) sofreram redução em 6 meses. Os níveis de CD4 e CD8 aumentaram em 5 pacientes, mas não mantiveram relação com a diminuição da contagem viral.
A adição de óleos láuricos como o babaçu e o côco da bahia na alimentação de pacientes portadores do HIV pode trazer como benefício a diminuição do nível da carga viral em indivíduos HIV positivos, diminuição do antígeno P24 e o aumento do CD4 e/ou CD4/CD8. Com bases nestes estudos, o uso deste óleos na alimentação de pessoas com baixa imunológica, que possuem grande facilidade em gripar, pessoas com doenças bacterianas e viróticas como tuberculose, pneumonia, herpes, doenças venéreas, auto-imunes como o lúpos e a psoríase, entre outras, seria de extrema valia. O babaçu e o côco possuem óleos de propriedades antivirais e antifúngicas dado ao seu teor de ácido láurico e ácido cáprico. Da mesma maneira, seu emprego na massagem se mostra eficaz para o tratamento dos mesmos problemas, dada sua penetração pela pele ser muito fácil. Na alimentação ambos os óleos podem ser usados para cozinhar e fritar alimentos, substituindo os óleos de soja, girassol e milho. Podem ser temperados com ervas e condimentos e utilizados como substitutos ao azeite de oliva nas saladas para dar sabor. São muito empregados pela indústria alimentícia para fabricação de sorvetes e margarinas.
O babaçu ou coco de macaco, é uma grande palmeira com mais de 20 metros de altura nativa do Brasil. O nome babaçu vem dos tupis, uma tribo amazônica, que chama a árvore de “Uauaçu”. O óleo de babaçu, que constitui 60% da matéria da amêndoa, serve como matéria prima para fabricação de sabão, sabonete, shampoo, amida, gorduras especiais, cremes, margarina, óleo comestível e para queimar em lamparinas. Possui um ponto de fusão muito baixo (25,5 ºC), o que o faz em dias muito frios acabar tomando uma consistência branco-leitosa, como uma pasta. Esta sua característica está especialmente associada ao seu alto teor de ácido láurico (superior a 40%), o principal componente responsável pelas suas qualidades terapêuticas. O óleo de babaçu é um óleo tão fino que em questão de segundos penetra pelos poros da pele. Esta sua propriedade o torna um dos melhores óleos vegetais para uso na massagem, pois quando é diluído nele algum óleo essencial, este consegue atingir a corrente sanguínea num curto espaço de tempo, antes que sofra perdas de evaporação dada à temperatura da pele. Na massagem e no tratamento do cabelo (onde ele age como um silicone natural), ele apresenta uma vantagem especial sobre outros óleos vegetais, ele não rança facilmente.
Pesquisas divulgadas pelo Dr. Conrado S. Dayrit, MD em 25 de julho de 2000 em Chennai na Índia, no 37º Encontro Cocotécnico, mostraram um grande potencial terapêutico para os óleos láuricos (com alto teor de ácido láurico, como o babaçu e o côco da bahia). A experiência da administração de 50ml de óleo de coco diária em 15 pacientes (10 mulheres e 5 homens) portadores do HIV (o vírus da AIDS) e que nunca haviam recebido nenhum tipo de tratamento anti-HIV, no Hospital de São Lázaro, nas Filipinas, sob a responsabilidade do Dr. Eric Tayan, M.D, mostraram um aumento do linfócitos de defesa do corpo, CD4 e CD8 de 248 para 1.065 e 570 para 1671 respectivamente. Um homem que possuía uma carga viral muito baixa (<0.4X103) e que não sofreu mudanças, não foi incluído no resultado final da pesquisa. As estatísticas finais incluíram resultados para 4 homens e 10 mulheres e mostram que 7 (2h, 5m) de 14 pacientes tiveram uma redução em 3 meses de uso diário do óleo, enquanto 8 (3h, 5m) sofreram redução em 6 meses. Os níveis de CD4 e CD8 aumentaram em 5 pacientes, mas não mantiveram relação com a diminuição da contagem viral.
A adição de óleos láuricos como o babaçu e o côco da bahia na alimentação de pacientes portadores do HIV pode trazer como benefício a diminuição do nível da carga viral em indivíduos HIV positivos, diminuição do antígeno P24 e o aumento do CD4 e/ou CD4/CD8. Com bases nestes estudos, o uso deste óleos na alimentação de pessoas com baixa imunológica, que possuem grande facilidade em gripar, pessoas com doenças bacterianas e viróticas como tuberculose, pneumonia, herpes, doenças venéreas, auto-imunes como o lúpos e a psoríase, entre outras, seria de extrema valia. O babaçu e o côco possuem óleos de propriedades antivirais e antifúngicas dado ao seu teor de ácido láurico e ácido cáprico. Da mesma maneira, seu emprego na massagem se mostra eficaz para o tratamento dos mesmos problemas, dada sua penetração pela pele ser muito fácil. Na alimentação ambos os óleos podem ser usados para cozinhar e fritar alimentos, substituindo os óleos de soja, girassol e milho. Podem ser temperados com ervas e condimentos e utilizados como substitutos ao azeite de oliva nas saladas para dar sabor. São muito empregados pela indústria alimentícia para fabricação de sorvetes e margarinas.
Óleo de tea tree e o fim do verão
As propriedades medicinais do óleo de tea tree são conhecidas por centenas de anos pela tribo australiana de aborígines Bundialung. Eles tratavam muitas afecções com macerados das folhas da árvore e costumavam nadar na lagoa onde as folhas da árvore haviam tornado a água um banho terapêutico.
O tea tree passou a ser conhecido no ocidente a partir da expedição do capitão James Cook, que em 1770 aportou na baía de Botany, Austrália, e observou os aborígenes fazerem chá com as folhas de uma árvore, usada com finalidades medicinais. O botânico da expedição, Joseph Banks, coletou amostras das folhas de diferentes espécies de melaleucas usadas neste chá nativo, e acabou por dar-lhes o nome de “tea trees” ou “árvores de chá”.
Em 1920, o Dr. A. R. Penefold, um químico do governo em Sidney, Austrália, recebeu o crédito pelo início da pesquisa clínica em seres humanos e documentação dos diversos benefícios associados com o óleo de tea tree. Seus estudos determinaram que o óleo de tea tree possuía um potencial cerca de 11 a 13 vezes mais poderoso do que o ácido carbólico (fenol) para matar bactérias e fungos, contudo não queimando a pele apesar disso. Os resultados de suas pesquisas foram além das expectativas. O óleo de tea tree veio a ser tão valorizado pelo governo australiano que, durante a Segunda Guerra Mundial, todos envolvidos na produção e fornecimento deste óleo foram dispensados do serviço militar com o objetivo de suprirem a demanda dos soldados britânicos e australianos nas frentes de batalha. O óleo entrou na maleta de primeiros socorros de todos os soldados, e era chamado de “kit medicinal engarrafado”.
A utilização de todo o óleo produzido pelas destilarias pelo governo, resultou no seu desaparecimento no mercado, e aliado ao surgimento de novas drogas durante e após a segunda guerra, ele passou a ser cada vez menos utilizado pelas pessoas, até que entre 1960 e 1970, com o advento de uma nova geração mais voltada para a medicina alternativa e produtos naturais, o óleo de tea tree reviveu novamente ganhando outra vez popularidade. A partir daí, cientistas de várias partes do mundo começaram a desenvolver novos testes com o óleo e comprovar ainda mais sua eficácia já há muito conhecida.
Dentre os diversos tipos de usos que o óleo possui, podemos dizer que o mais interessante é na eliminação de bactérias causadoras de infecções. Pesquisadores australianos demonstraram uma ação rápida em vitro, de menos de uma hora sobre todas as bactérias das colônias estudadas, em diluições que variavam de 0,5% até 1,25% conforme o tipo de microorganismo (veja tabela). Eles estudaram a ação do tea tree sobre um tipo de “supermicróbio”, comumente resistente à meticilina ou MRSA, o Staphylococcus aureus, uma bactéria hospitalar que não responde a antibióticos e mata pacientes em todo o mundo. Descobriram que apenas uma pequena quantidade do óleo de tea tree (uma concentração de 0.25%, equivalente a 5 gotas em 100ml água), foi suficiente para inibir o crescimento bacteriano; com o dobro da dosagem (0.5%), ele mata esta bactéria. Desta forma, não só o uso do tea tree na eliminação de infecções é válida, mas também seu uso na purificação de água e alimentos (como alternativa ao cloro) e no ar (em difusores ou ar condicionado) encontra grande valia.
Uma das vantagens de se recomendar o óleo de tea tree como antiséptico, é que é impossível para um micróbio infeccioso criar resistência a ele. O óleo possui uma complexidade química tão grande, com mais de 100 componentes, que uma bactéria não consegue modificar seu sistema enzimático para lidar com isso. Esta é hoje uma das grandes vantagens do uso do tea tree em substituição aos antibióticos convencionais, que a cada dia perdem mais ação pelo fato dos micróbios estarem desenvolvendo resistência a seus efeitos, exigindo assim o uso de drogas cada vez mais fortes e prejudiciais.
Num estudo do Departamento de Pesquisa do Colégio Nacional de Quiropraxia, EUA, foi constatado que o tea tree age como antiséptico de duas maneiras, através de uma ação direta sobre os microorganismos, e segundo através de um processo de ativação dos glóbulos brancos no processo de defesa do corpo. Sendo assim, podemos considerar que ele possui propriedades imunoestimulantes, o que o torna uma alternativa formidável para pacientes com baixa resistência e/ou doenças que fragilizam sua imunologia e permitem o aparecimento de doenças inoportunas.
Nós temos tido formidáveis resultados do óleo de tea tree no tratamento de infecções e processos inflamatórios. De tudo que conhecemos, nunca vimos nada tão rápido para tratamento de cistites, por exemplo. Ele tem apresentado em nossos estudos excelentes resultados, mesmo naqueles casos em que os antibióticos mais usados falharam.
Pesquisas feitas em maio de 2000 por 4 cientistas (Mikus J, Harkenthal M, Steverding D, Reichling J.) demonstraram uma toxidade 1.000 vezes maior do óleo de tea tree sobre o protozoário Trypanosoma brucei (causador da doença do sono) do que para as células humanas. Eles encontram também bons resultados contra Leishmania major (causador da Leishmaniose). Isto sugere a possibilidade do uso interno do óleo de tea tree no tratamento destes parasitas, assim como a possibilidade de bons resultados sobre um parente próximo do T. brucei, o Trypanosoma cruzi, causador da “Doença de Chagas”.
Testes feitos pelo departamento de medicina experimental, na Itália demonstraram que uma solução num teor mínimo de 0,5% do óleo de tea tree é eficaz contra um largo número de fungos e micoses de pele.
Hoje o tea tree é considerado um recurso valioso dentro da odontologia no tratamento de doenças bucais e na prevenção da cárie. Pesquisadores brasileiros da escola dentária de Piracicaba (via UNICAMP), demonstraram ser o óleo de tea tree mais eficaz que a clorexidina e o óleo de alho no combate a bactérias bucais. Apesar de todos os três mostrarem atividade antimicrobial sobre Streptococci mutans, agente causador de cáries, somente o tea tree apresentou resultados nos outros tipos de bactérias. A clorexidina é em geral indicada para a redução da flora microbiana, sendo utilizada em produtos para desinfecção das mãos, tratamento de infecções na área bucal, genital e da pele. Sendo o tea tree de ação mais ampla que esta substância, o seu uso em soluções alcoólicas ou em gel para assepsia e tratamento dos problemas citados é uma alternativa de grande valia.
No tratamento da candidíase (Candida albicans) o tea tree é infalível. Experiências da Universidade de Hacettepe, Turkia, demostraram ser ele eficaz não só sobre a candidíase normal, mas também sobre a candidíase resistente aos medicamentos usualmente utilizados como a fluconazola. Hoje a candidíase é um problema que ataca um grande número de pessoas, e uma das formas mais comuns tem sido a vaginal, que ocasiona coceiras e desconfortos. Outros estudos da Escola Médica da Universidade de Wayne, EUA, demonstraram em pesquisa similar um potencial do tea tree no tratamento da candidíase orofaringeal refratária à fluconazola em pacientes com AIDS. O herpes labial (Herpes simplex) é outro problema tratável com o óleo de tea tree em diluições de 6%.
O uso veterinário do tea tree é outra alternativa de valor. Ele demonstrou grande eficiência numa pesquisa alemã na eliminação de diferentes tipos de microorganismos (ex. Malassezia pachydermatis) causadores de dermatite seborréica e micoses, especialmente em cães e gatos.
O tea tree apresenta também bons resultados em caspa, queda de cabelo e seborréia, eliminando a maior parte das bactérias e fungos que vêm associados com estes problemas como Pityrosporum ovale e trichophyton sp. Já existem no mercado shampoos de tea tree empregados no tratamento de piolhos, o que dá excelentes resultados. Diluições de cerca de 5% mostraram-se muito úteis para isso e sem efeitos adversos.
O tea tree também demonstrou bons resultados em inflamações do ouvido (otite). Nós particularmente temos tido excelentes resultados com este óleo, principalmente quando casado com cipreste (Cupressus lusitanica) e/ou tomilho (Thymus vulgaris timol), no tratamento de inflamações (acne, abcessos e furúnculos), sendo para estes problemas utilizado puro no local ou diluído em álcool ou gel.
Produção
Hoje, a maior parte da produção do óleo encontra-se centralizada na Austrália, mas existem fazendas também na China, Índia, Europa e agora no Brasil. Um trabalho de cultivo iniciado em Viçosa, interior de MG, permitiu a entrada no mercado de um óleo de muito boa qualidade e preço competidor ao do australiano.
O óleo de tea tree pode ser classificado em 3 quimiotipos principais de acordo com os teores de seus princípios ativos, que podem variar conforme clima, ph do solo, temperatura, etc.
O QT 1 do tea tree possui o teor mais elevado de terpinen-4-ol, variando de 30-45%. Óleo comumente de origem australiana e brasileira.
O QT2 possui mais 1,8-cineol (=eucaliptol), chegando a cerca de 15% (a partir deste quimiotipo, pode-se criar a classificação de mais 3 variedades de óleos (6 então no total), que surgem pela variação dos teores dos outros dois principais componentes junto aos 15% de cineol). Óleo de origem chinesa. A Austrália produz, mas praticamente não entra no mercado.
O QT3 possui mais terpinoleno, que pode ir além de 15%. De origem Australiana.
Abaixo colocamos as % obtidas da cromatografia do óleo com seus principais constituintes comparados ao padrão ISO internacional para o óleo de tea tree, que determina os teores aproximados de cada componente para o óleo no mercado.
Constituinte Proporção Padrão
alpha-pinene 2.4% 1 - 6%
sabinene 0.6% trace - 3.5%
alpha-terpinene 10.2% 5 - 13%
p-cymene 2.2% 0.5 - 12%
limonene 1.1% 0.5 - 4%
1,8-cineole 3.6% 0 - 15%
gamma-terpinene 20.5% 10 - 28%
alpha-terpinolene 3.6% 1.5 - 5.0%
terpinen-4-ol 40.2% 30%+
alpha-terpineol 3.1% 1.5 - 8%
aromadendrene 1.1% trace - 7%
delta-cadinene 1.0% trace - 8%
globulol 0.3% trace - 3%
viridiflorol 0.3% trace - 1.5%
O princípio ativo mais interessante no óleo é o terpinen-4-ol (ou terpinenol 4), que fornece ao óleo praticamente todas as suas propriedades anti-microbiais. O terpinenol 4 quando usado isolado do óleo apresenta resultados semelhantes ao óleo puro, e de forma ainda mais efetiva. Quanto mais terpinenol o óleo contiver, melhor sua ação anti-infecciosa.
O cineol, também conhecido como eucaliptol, agrega ao óleo, quando presente em grandes porcentagens (15%), potencial expectorante e descongestionante das vias respiratórias. Mas se aumentar muito no óleo, diminui o teor de terpineol 4, diminuindo também a eficácia do mesmo contra-infecções.
Os outros componentes do óleo (terpinoleno, terpineno, etc), na sua maioria terpenos, lhe concederão propriedades solventes úteis por exemplo em varizes, trombose e flebites (uso local). Também possuirão algumas propriedades anti-infecciosas e anti-oxidantes, mas se aumentarem muito no óleo, interferem na eficácia de ação do terpinenol 4 por torná-lo pouco hidrossolúvel nos tecidos e mais liposolúvel, o que diminui sua rapidez de ação contra microorganimos.
Cuidados
Apesar do óleo de tea tree nem sempre ser indicado internamente em muitas literaturas, ele apresenta excelentes resultados através de poucas gotas na água para se tomar, principalmente na solução de infecções. Mas, recomendamos que seu uso seja feito sob a orientação adequada de um aromaterapeuta que tenha conhecimento sobre as dosagens no uso interno de óleos essenciais. No caso de alergia ou mal estar, suspenda imediatamente seu uso. O uso excessivo de tea tree, principalmente internamente pode ser tóxico, mas se utilizado adequadamente traz resultados sem fazer nenhum mal. Alguns animais como aves, são muito sensíveis ao óleo, que deve ser usado sempre bem diluído para evitar alergias nos mesmos. Não seria recomendado o uso interno em grávidas (apesar de não ser abortivo), a não ser em casos de extrema necessidade, mas sob acompanhamento terapêutico ou médico adequado.
Indicações
Unha preta, com micoses, descamando ou encravada, pé de atleta (1 a 2 gotas 2 X ao dia por 1-2 meses) e se associado meio a meio com o óleo de cravo da índia obtém-se resultados ainda melhores; sinusite infecciosa (inalações 3-6 gotas); garganta inflamada, laringite e amidalite (1-2 gotas num copo com água para gargarejo); caspa, seborréia (cerca de 25-40 gotas para cada 100ml de shampoo, lavar e deixar no cabelo por pelo menos 3 minutos); impetigo, ptiríase, psoríase, candidíase ou tricomoníase vaginal, coceira genital e nas virilhas, líquen (gel 0,5-2% uso local ou 3 gotas em 100ml água passando com algodão na área); herpes ou sapinho (puro no local); cistite, infecções em geral, candidíase reincidente, enterite, etc (2-3 gotas 3X ao dia em uma colher de sopa de água internamente, por cerca de 1 semana).
O tea tree passou a ser conhecido no ocidente a partir da expedição do capitão James Cook, que em 1770 aportou na baía de Botany, Austrália, e observou os aborígenes fazerem chá com as folhas de uma árvore, usada com finalidades medicinais. O botânico da expedição, Joseph Banks, coletou amostras das folhas de diferentes espécies de melaleucas usadas neste chá nativo, e acabou por dar-lhes o nome de “tea trees” ou “árvores de chá”.
Em 1920, o Dr. A. R. Penefold, um químico do governo em Sidney, Austrália, recebeu o crédito pelo início da pesquisa clínica em seres humanos e documentação dos diversos benefícios associados com o óleo de tea tree. Seus estudos determinaram que o óleo de tea tree possuía um potencial cerca de 11 a 13 vezes mais poderoso do que o ácido carbólico (fenol) para matar bactérias e fungos, contudo não queimando a pele apesar disso. Os resultados de suas pesquisas foram além das expectativas. O óleo de tea tree veio a ser tão valorizado pelo governo australiano que, durante a Segunda Guerra Mundial, todos envolvidos na produção e fornecimento deste óleo foram dispensados do serviço militar com o objetivo de suprirem a demanda dos soldados britânicos e australianos nas frentes de batalha. O óleo entrou na maleta de primeiros socorros de todos os soldados, e era chamado de “kit medicinal engarrafado”.
A utilização de todo o óleo produzido pelas destilarias pelo governo, resultou no seu desaparecimento no mercado, e aliado ao surgimento de novas drogas durante e após a segunda guerra, ele passou a ser cada vez menos utilizado pelas pessoas, até que entre 1960 e 1970, com o advento de uma nova geração mais voltada para a medicina alternativa e produtos naturais, o óleo de tea tree reviveu novamente ganhando outra vez popularidade. A partir daí, cientistas de várias partes do mundo começaram a desenvolver novos testes com o óleo e comprovar ainda mais sua eficácia já há muito conhecida.
Dentre os diversos tipos de usos que o óleo possui, podemos dizer que o mais interessante é na eliminação de bactérias causadoras de infecções. Pesquisadores australianos demonstraram uma ação rápida em vitro, de menos de uma hora sobre todas as bactérias das colônias estudadas, em diluições que variavam de 0,5% até 1,25% conforme o tipo de microorganismo (veja tabela). Eles estudaram a ação do tea tree sobre um tipo de “supermicróbio”, comumente resistente à meticilina ou MRSA, o Staphylococcus aureus, uma bactéria hospitalar que não responde a antibióticos e mata pacientes em todo o mundo. Descobriram que apenas uma pequena quantidade do óleo de tea tree (uma concentração de 0.25%, equivalente a 5 gotas em 100ml água), foi suficiente para inibir o crescimento bacteriano; com o dobro da dosagem (0.5%), ele mata esta bactéria. Desta forma, não só o uso do tea tree na eliminação de infecções é válida, mas também seu uso na purificação de água e alimentos (como alternativa ao cloro) e no ar (em difusores ou ar condicionado) encontra grande valia.
Uma das vantagens de se recomendar o óleo de tea tree como antiséptico, é que é impossível para um micróbio infeccioso criar resistência a ele. O óleo possui uma complexidade química tão grande, com mais de 100 componentes, que uma bactéria não consegue modificar seu sistema enzimático para lidar com isso. Esta é hoje uma das grandes vantagens do uso do tea tree em substituição aos antibióticos convencionais, que a cada dia perdem mais ação pelo fato dos micróbios estarem desenvolvendo resistência a seus efeitos, exigindo assim o uso de drogas cada vez mais fortes e prejudiciais.
Num estudo do Departamento de Pesquisa do Colégio Nacional de Quiropraxia, EUA, foi constatado que o tea tree age como antiséptico de duas maneiras, através de uma ação direta sobre os microorganismos, e segundo através de um processo de ativação dos glóbulos brancos no processo de defesa do corpo. Sendo assim, podemos considerar que ele possui propriedades imunoestimulantes, o que o torna uma alternativa formidável para pacientes com baixa resistência e/ou doenças que fragilizam sua imunologia e permitem o aparecimento de doenças inoportunas.
Nós temos tido formidáveis resultados do óleo de tea tree no tratamento de infecções e processos inflamatórios. De tudo que conhecemos, nunca vimos nada tão rápido para tratamento de cistites, por exemplo. Ele tem apresentado em nossos estudos excelentes resultados, mesmo naqueles casos em que os antibióticos mais usados falharam.
Pesquisas feitas em maio de 2000 por 4 cientistas (Mikus J, Harkenthal M, Steverding D, Reichling J.) demonstraram uma toxidade 1.000 vezes maior do óleo de tea tree sobre o protozoário Trypanosoma brucei (causador da doença do sono) do que para as células humanas. Eles encontram também bons resultados contra Leishmania major (causador da Leishmaniose). Isto sugere a possibilidade do uso interno do óleo de tea tree no tratamento destes parasitas, assim como a possibilidade de bons resultados sobre um parente próximo do T. brucei, o Trypanosoma cruzi, causador da “Doença de Chagas”.
Testes feitos pelo departamento de medicina experimental, na Itália demonstraram que uma solução num teor mínimo de 0,5% do óleo de tea tree é eficaz contra um largo número de fungos e micoses de pele.
Hoje o tea tree é considerado um recurso valioso dentro da odontologia no tratamento de doenças bucais e na prevenção da cárie. Pesquisadores brasileiros da escola dentária de Piracicaba (via UNICAMP), demonstraram ser o óleo de tea tree mais eficaz que a clorexidina e o óleo de alho no combate a bactérias bucais. Apesar de todos os três mostrarem atividade antimicrobial sobre Streptococci mutans, agente causador de cáries, somente o tea tree apresentou resultados nos outros tipos de bactérias. A clorexidina é em geral indicada para a redução da flora microbiana, sendo utilizada em produtos para desinfecção das mãos, tratamento de infecções na área bucal, genital e da pele. Sendo o tea tree de ação mais ampla que esta substância, o seu uso em soluções alcoólicas ou em gel para assepsia e tratamento dos problemas citados é uma alternativa de grande valia.
No tratamento da candidíase (Candida albicans) o tea tree é infalível. Experiências da Universidade de Hacettepe, Turkia, demostraram ser ele eficaz não só sobre a candidíase normal, mas também sobre a candidíase resistente aos medicamentos usualmente utilizados como a fluconazola. Hoje a candidíase é um problema que ataca um grande número de pessoas, e uma das formas mais comuns tem sido a vaginal, que ocasiona coceiras e desconfortos. Outros estudos da Escola Médica da Universidade de Wayne, EUA, demonstraram em pesquisa similar um potencial do tea tree no tratamento da candidíase orofaringeal refratária à fluconazola em pacientes com AIDS. O herpes labial (Herpes simplex) é outro problema tratável com o óleo de tea tree em diluições de 6%.
O uso veterinário do tea tree é outra alternativa de valor. Ele demonstrou grande eficiência numa pesquisa alemã na eliminação de diferentes tipos de microorganismos (ex. Malassezia pachydermatis) causadores de dermatite seborréica e micoses, especialmente em cães e gatos.
O tea tree apresenta também bons resultados em caspa, queda de cabelo e seborréia, eliminando a maior parte das bactérias e fungos que vêm associados com estes problemas como Pityrosporum ovale e trichophyton sp. Já existem no mercado shampoos de tea tree empregados no tratamento de piolhos, o que dá excelentes resultados. Diluições de cerca de 5% mostraram-se muito úteis para isso e sem efeitos adversos.
O tea tree também demonstrou bons resultados em inflamações do ouvido (otite). Nós particularmente temos tido excelentes resultados com este óleo, principalmente quando casado com cipreste (Cupressus lusitanica) e/ou tomilho (Thymus vulgaris timol), no tratamento de inflamações (acne, abcessos e furúnculos), sendo para estes problemas utilizado puro no local ou diluído em álcool ou gel.
Produção
Hoje, a maior parte da produção do óleo encontra-se centralizada na Austrália, mas existem fazendas também na China, Índia, Europa e agora no Brasil. Um trabalho de cultivo iniciado em Viçosa, interior de MG, permitiu a entrada no mercado de um óleo de muito boa qualidade e preço competidor ao do australiano.
O óleo de tea tree pode ser classificado em 3 quimiotipos principais de acordo com os teores de seus princípios ativos, que podem variar conforme clima, ph do solo, temperatura, etc.
O QT 1 do tea tree possui o teor mais elevado de terpinen-4-ol, variando de 30-45%. Óleo comumente de origem australiana e brasileira.
O QT2 possui mais 1,8-cineol (=eucaliptol), chegando a cerca de 15% (a partir deste quimiotipo, pode-se criar a classificação de mais 3 variedades de óleos (6 então no total), que surgem pela variação dos teores dos outros dois principais componentes junto aos 15% de cineol). Óleo de origem chinesa. A Austrália produz, mas praticamente não entra no mercado.
O QT3 possui mais terpinoleno, que pode ir além de 15%. De origem Australiana.
Abaixo colocamos as % obtidas da cromatografia do óleo com seus principais constituintes comparados ao padrão ISO internacional para o óleo de tea tree, que determina os teores aproximados de cada componente para o óleo no mercado.
Constituinte Proporção Padrão
alpha-pinene 2.4% 1 - 6%
sabinene 0.6% trace - 3.5%
alpha-terpinene 10.2% 5 - 13%
p-cymene 2.2% 0.5 - 12%
limonene 1.1% 0.5 - 4%
1,8-cineole 3.6% 0 - 15%
gamma-terpinene 20.5% 10 - 28%
alpha-terpinolene 3.6% 1.5 - 5.0%
terpinen-4-ol 40.2% 30%+
alpha-terpineol 3.1% 1.5 - 8%
aromadendrene 1.1% trace - 7%
delta-cadinene 1.0% trace - 8%
globulol 0.3% trace - 3%
viridiflorol 0.3% trace - 1.5%
O princípio ativo mais interessante no óleo é o terpinen-4-ol (ou terpinenol 4), que fornece ao óleo praticamente todas as suas propriedades anti-microbiais. O terpinenol 4 quando usado isolado do óleo apresenta resultados semelhantes ao óleo puro, e de forma ainda mais efetiva. Quanto mais terpinenol o óleo contiver, melhor sua ação anti-infecciosa.
O cineol, também conhecido como eucaliptol, agrega ao óleo, quando presente em grandes porcentagens (15%), potencial expectorante e descongestionante das vias respiratórias. Mas se aumentar muito no óleo, diminui o teor de terpineol 4, diminuindo também a eficácia do mesmo contra-infecções.
Os outros componentes do óleo (terpinoleno, terpineno, etc), na sua maioria terpenos, lhe concederão propriedades solventes úteis por exemplo em varizes, trombose e flebites (uso local). Também possuirão algumas propriedades anti-infecciosas e anti-oxidantes, mas se aumentarem muito no óleo, interferem na eficácia de ação do terpinenol 4 por torná-lo pouco hidrossolúvel nos tecidos e mais liposolúvel, o que diminui sua rapidez de ação contra microorganimos.
Cuidados
Apesar do óleo de tea tree nem sempre ser indicado internamente em muitas literaturas, ele apresenta excelentes resultados através de poucas gotas na água para se tomar, principalmente na solução de infecções. Mas, recomendamos que seu uso seja feito sob a orientação adequada de um aromaterapeuta que tenha conhecimento sobre as dosagens no uso interno de óleos essenciais. No caso de alergia ou mal estar, suspenda imediatamente seu uso. O uso excessivo de tea tree, principalmente internamente pode ser tóxico, mas se utilizado adequadamente traz resultados sem fazer nenhum mal. Alguns animais como aves, são muito sensíveis ao óleo, que deve ser usado sempre bem diluído para evitar alergias nos mesmos. Não seria recomendado o uso interno em grávidas (apesar de não ser abortivo), a não ser em casos de extrema necessidade, mas sob acompanhamento terapêutico ou médico adequado.
Indicações
Unha preta, com micoses, descamando ou encravada, pé de atleta (1 a 2 gotas 2 X ao dia por 1-2 meses) e se associado meio a meio com o óleo de cravo da índia obtém-se resultados ainda melhores; sinusite infecciosa (inalações 3-6 gotas); garganta inflamada, laringite e amidalite (1-2 gotas num copo com água para gargarejo); caspa, seborréia (cerca de 25-40 gotas para cada 100ml de shampoo, lavar e deixar no cabelo por pelo menos 3 minutos); impetigo, ptiríase, psoríase, candidíase ou tricomoníase vaginal, coceira genital e nas virilhas, líquen (gel 0,5-2% uso local ou 3 gotas em 100ml água passando com algodão na área); herpes ou sapinho (puro no local); cistite, infecções em geral, candidíase reincidente, enterite, etc (2-3 gotas 3X ao dia em uma colher de sopa de água internamente, por cerca de 1 semana).
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Aromaterapia
A Aromaterapia ou Gandhachikitsa em sânscrito, é a terapia que se utiliza de óleos essenciais, extraídos principalmente de flores, caules, folhas e raízes de plantas de forma interna (ingeridas oralmente) ou externas, com ação cosmética ou inaladas ativando o sistema límbico do cérebro.
Para quem se interessar, existe uma apostila minha gratuita para dawnload em:
http://www.scribd.com/doc/26396413/CURSO-BASICO-DE-AROMATERAPIA-GRATUITO
Para quem se interessar, existe uma apostila minha gratuita para dawnload em:
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sábado, 23 de janeiro de 2010
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