É interessante observar bem
o aspecto de fragrância da Aromaterapia e, sobretudo, como os aromas agem sobre
o cérebro humano, comandando emoções, a partir do olfato.
Dá-se o nome de anosmia à
perda da capacidade olfativa, quando então não se percebe os diferentes cheiros
ou aromas.
O olfato está diretamente
relacionado com as áreas do subconsciente e, tornar esse mundo acessível, significa
abrir-se a uma infinidade de conhecimento e sabedoria.
Talvez o aspecto mais
importante na osmologia – o estudo da olfação – seja exatamente esta estreita ligação
entre o cérebro e o nariz humanos. Fisicamente, trata-se apenas da distância de
alguns centímetros separando um do outro. Fisiologicamente, a conexão é direta
e as respostas imediatas: deve ser notado que as mensagens olfativas não passam
pela medula espinhal, como a maioria das mensagens do corpo que vão para o
cérebro, mas aquelas vão diretamente a uma específica região cerebral.
ANATOMIA DO OLFATO
As principais estruturas que
envolvem a olfação, na ordem em que os processos ocorrem podem ser assim
resumidas:
· cavidades nasais:
constituem os espaços por onde circula o ar desde o exterior até o contato mais
íntimo com a mucosa;
· mucosa do epitélio
olfativo: é o tecido que recobre a parte interna das cavidades nasais e
onde as partículas aromáticas se dissolvem;
· cílios olfativos:
micro-estruturas que aumentam a área de contato das moléculas aromáticas com os
nervos olfativos;
· nervos olfativos:
conjunto de células nervosas que transmitem a informação olfativa para o
cérebro;
· bulbos olfativos:
estruturas através das quais os nervos olfativos se conectam ao cérebro;
· sistema límbico
cerebral: setor do cérebro responsável pelas emoções e pelo instinto; é uma
das partes mais primitivas do cérebro.
Quando o óleo essencial se
evapora, suas moléculas ficam dispersas, suspensas no ar. Ao ser aspirado pelo
nariz, esse ar é aquecido e algumas daquelas moléculas são então dissolvidas na
mucosa que cobre o epitélio olfativo, nas porções mais internas da cavidade
nasal. Uma parte das moléculas dispersas no ar inspirado segue para os pulmões,
enquanto outra retorna ao exterior pelo ar expirado.
Milhões de terminais
olfativos, na forma de minúsculos cílios, transmitem a informação a um dos dois
principais nervos olfativos. Esta informação segue através do nervo para o
bulbo olfativo que a retransmite para a região límbica do cérebro.
Conforme observou Marcel
Lavabre, o sentido do olfato é a tal ponto apurado que é capaz de detectar uma
parte em dez trilhões de partes de material olfativo, isto é, de partículas
fragrantes.
É de se ressaltar, no
entanto, que o homem não desenvolveu um vocabulário apropriado para diferenciar
as várias centenas de odores diferentes que se pode perceber. Além disso, como
os nervos olfativos terminam em uma região onde a linguagem é a utilização de
imagens e associações, não é possível o exercício do mesmo tipo de lógica
empregada pelos centros do intelecto.
A cavidade nasal, que começa a partir das janelas do nariz, está
situada em cima da boca e debaixo da caixa craniana. Contém os órgãos do
sentido do olfato, e é forrada por um epitélio secretor de muco. Ao circular
pela mesma, o ar se purifica, umedece e esquenta. Se seus capilares se dilatam
e o muco se secreta em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico
do resfriado. O órgão olfativo do sentido do olfato é a mucosa que forra a
parte interior e superior das fossas nasais, chamada mucosa amarela, para
distingui-la da vermelha, que é a que cobre a parte inferior. A mucosa vermelha
é dessa cor por ser muito rica em vasos sangüíneos, e contém glândulas que
segregam um muco que mantém úmida a região. A mucosa amarela é muito rica em
terminações nervosas do nervo olfativo. As fossas nasais apresentam três pregas
duplas, separadas por meatos que se dividem em superior, médio e inferior. Os
das inferiores recobrem os cornetos ósseos, e sua função é aumentar em pouco
espaço a superfície sensorial. Os produtos voláteis ou gases perfumados que se
desprendem das diversas substâncias, ao ser inspirados, entram nas fossas
nasais e se dissolvem, se é que não estão suficientemente volatilizados, no
muco que impregna a mucosa. Desagregados nele, excitam as terminações ao centro
olfativo do córtex cerebral, e nos produzem a sensação de cheiro ou dor.
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