domingo, 19 de fevereiro de 2012

Olfato


É interessante observar bem o aspecto de fragrância da Aromaterapia e, sobretudo, como os aromas agem sobre o cérebro humano, comandando emoções, a partir do olfato.
Dá-se o nome de anosmia à perda da capacidade olfativa, quando então não se percebe os diferentes cheiros ou aromas.
O olfato está diretamente relacionado com as áreas do subconsciente e, tornar esse mundo acessível, significa abrir-se a uma infinidade de conhecimento e sabedoria.
Talvez o aspecto mais importante na osmologia – o estudo da olfação – seja exatamente esta estreita ligação entre o cérebro e o nariz humanos. Fisicamente, trata-se apenas da distância de alguns centímetros separando um do outro. Fisiologicamente, a conexão é direta e as respostas imediatas: deve ser notado que as mensagens olfativas não passam pela medula espinhal, como a maioria das mensagens do corpo que vão para o cérebro, mas aquelas vão diretamente a uma específica região cerebral.

ANATOMIA DO OLFATO
As principais estruturas que envolvem a olfação, na ordem em que os processos ocorrem podem ser assim resumidas:
· cavidades nasais: constituem os espaços por onde circula o ar desde o exterior até o contato mais íntimo com a mucosa;
· mucosa do epitélio olfativo: é o tecido que recobre a parte interna das cavidades nasais e onde as partículas aromáticas se dissolvem;
· cílios olfativos: micro-estruturas que aumentam a área de contato das moléculas aromáticas com os nervos olfativos;
· nervos olfativos: conjunto de células nervosas que transmitem a informação olfativa para o cérebro;
· bulbos olfativos: estruturas através das quais os nervos olfativos se conectam ao cérebro;
· sistema límbico cerebral: setor do cérebro responsável pelas emoções e pelo instinto; é uma das partes mais primitivas do cérebro.
Quando o óleo essencial se evapora, suas moléculas ficam dispersas, suspensas no ar. Ao ser aspirado pelo nariz, esse ar é aquecido e algumas daquelas moléculas são então dissolvidas na mucosa que cobre o epitélio olfativo, nas porções mais internas da cavidade nasal. Uma parte das moléculas dispersas no ar inspirado segue para os pulmões, enquanto outra retorna ao exterior pelo ar expirado.
Milhões de terminais olfativos, na forma de minúsculos cílios, transmitem a informação a um dos dois principais nervos olfativos. Esta informação segue através do nervo para o bulbo olfativo que a retransmite para a região límbica do cérebro.

Conforme observou Marcel Lavabre, o sentido do olfato é a tal ponto apurado que é capaz de detectar uma parte em dez trilhões de partes de material olfativo, isto é, de partículas fragrantes.
É de se ressaltar, no entanto, que o homem não desenvolveu um vocabulário apropriado para diferenciar as várias centenas de odores diferentes que se pode perceber. Além disso, como os nervos olfativos terminam em uma região onde a linguagem é a utilização de imagens e associações, não é possível o exercício do mesmo tipo de lógica empregada pelos centros do intelecto.
A cavidade nasal, que começa a partir das janelas do nariz, está situada em cima da boca e debaixo da caixa craniana. Contém os órgãos do sentido do olfato, e é forrada por um epitélio secretor de muco. Ao circular pela mesma, o ar se purifica, umedece e esquenta. Se seus capilares se dilatam e o muco se secreta em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico do resfriado. O órgão olfativo do sentido do olfato é a mucosa que forra a parte interior e superior das fossas nasais, chamada mucosa amarela, para distingui-la da vermelha, que é a que cobre a parte inferior. A mucosa vermelha é dessa cor por ser muito rica em vasos sangüíneos, e contém glândulas que segregam um muco que mantém úmida a região. A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas do nervo olfativo. As fossas nasais apresentam três pregas duplas, separadas por meatos que se dividem em superior, médio e inferior. Os das inferiores recobrem os cornetos ósseos, e sua função é aumentar em pouco espaço a superfície sensorial. Os produtos voláteis ou gases perfumados que se desprendem das diversas substâncias, ao ser inspirados, entram nas fossas nasais e se dissolvem, se é que não estão suficientemente volatilizados, no muco que impregna a mucosa. Desagregados nele, excitam as terminações ao centro olfativo do córtex cerebral, e nos produzem a sensação de cheiro ou dor.

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