Os óleos carreadores são óleos gordurosos que não podem ser obtidos pelo processo de destilação, mas pela prensagem de sementes, nozes e amêndoas. Muitos óleos carreadores são utilizados na alimentação, como é o caso do girassol, soja, gergelim, etc. Outros, por sua vez, podem ser utilizados apenas em massagens, o que vale também para todos aqueles usados para a alimentação. O princípio básico é o seguinte: todo óleo vegetal que pode ser usado na alimentação, pode ser usado para massagem. A palavra carreador vem da palavra “carregar”, aquele que serve de veículo. Estes óleos são considerados veículos para os óleos essenciais penetrarem através da pele. Na massagem eles também facilitam o deslizar das mãos sobre o corpo do paciente.
Os óleos carreadores podem ser encontrados como refinados ou não-refinados o que pode interferir em muito em suas propriedades terapêuticas. O problema com os carreadores está no fato de que quando eles passam pelo processo de refino perdem a maioria das propriedades terapêuticas que eles possuem naturalmente. Prefira então o não-refinado. O que dá o cheiro característico aos óleos vegetais gordurosos é a presença de óleo essencial em sua constituição (desde que este seja não-refinado).
Cada óleo carreador é constituído por um conjunto de ácidos graxos (gorduras) diferentes. São centenas de tipos de ácidos graxos, sendo que cada qual irá possuir propriedades diferentes e específicas. Existem gorduras sem muita utilidade e outras com potenciais infinitamente grandes e isso faz muita diferença entre um carreador e outro quando são utilizados na massagem, alimentação e terapêutica.
Entre os carreadores, alguns são mais indicados para determinados tipos de pele conforme sua densidade própria. Os óleos indicados para pele oleosa podem ser empregados em peles secas, porém não se deve fazer o contrário. Evite o uso de óleos carreadores em peles com problema de acne e inflamadas.
Óleos para peles secas:
Óleo de amêndoas
Óleo de rícino
Manteiga de cacau
Manteiga de cupuaçu
Óleo de amendoim
Óleo de abacate
Azeite de oliva
Óleo de castanha do Pará
Óleo de maracujá prensado a quente
Óleos para peles normais:
Óleo de milho
Óleo de gergelim
Óleo de soja
Óleo de apricot
Óleo de jojoba
Óleo de calêndula
Óleo de semente de uva
Óleo de neen
Óleo de maracujá prensado a frio
Óleos para peles oleosas:
Óleo de semente de uva
Óleo de girassol
Óleo de avelã
Óleo de noz
Óleo de prímula
Óleo de germe de trigo
Óleo de babaçu, tucumã, côco da Bahia, palmiste e murumuru
Óleo de canola
Óleo de linhaça
Métodos de extração
Existem dois métodos de se extrair o óleo carreador de matéria prima. A primeira é por pressão a frio: neste processo as sementes são esmagadas por uma prensa causando a drenagem do óleo para fora da mesma.
O segundo método é a extração por solvente: a polpa é saturada com um solvente (geralmente hexano) que dissolve a maior parte do óleo presente na polpa; a massa resultante é então filtrada e o solvente evaporado por aquecimento.
Muitos óleos existentes no mercado são vendidos como virgens ou extra-virgens. Quanto à denominação de virgem, ela irá corresponder à segunda prensagem da matéria prima, sendo que à primeira prensagem se dá o nome de extra-virgem. As únicas exceções são o azeite de oliva, óleo de nogueira (noz), avelã e outros poucos. No caso do azeite, após a segunda prensagem se extrai o óleo que sobrou na polpa através da fervura em banho-maria do material. É importante frisarmos que muitos destes óleos taxados desta forma são propaganda enganosa, pois são extraídos por solventes.
Outros tipos de carreadores são os óleos produzidos por maceração onde a erva, flor ou semente é infusa por um determinado período de tempo em um óleo vegetal qualquer (soja, girassol, etc.) até que a matéria prima passe para o óleo solvente todas as suas propriedades terapêuticas. Este processo às vezes é acelerado pela fervura do óleo em banho-maria.
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